segunda-feira, 16 de novembro de 2009

Faixas elásticas

Theraband, ou faixas elásticas, são geralmente utilizadas por fisioterapeutas para ajudar bailarinos a se recuperarem rapidamente quando sofrem alguma lesão. Mas mesmo sem se machucar, bailarinos tem utilizado as vantagens da Theraband e dedicado um pequeno tempo diário para "afinar o instrumento" e prevenir lesões. As vantagens da Theraband são que ela é portátil (pode ser facilmente levada na sua bolsa de ballet) e é efetiva quando utilizada apropriadamente.
Aqui há três bons exercícios para os seus pés. Você vai precisar de uma faixa elástica, que pode ser encontrada em algumas lojas de artigos de dança, médicos ou esportivos. A Theraband tem diversos níveis de resistência. Para iniciantes, pode ser usada a verde ou vermelha, e, para mais avançados, a azul ou preta. Lembre-se que você ganha mais fazendo poucas repetições lentas e conscientes do que várias rápidas e de qualquer maneira. Algumas coisas a serem observadas:
- Faça cada exercício em ambas as pernas por volta de 10 repetições ao dia. Aumente a frequência e o número de repetições conforme você for ganhando força
- Esteja sempre atento ao alinhamento do seu tornozelo.
Lembre-se que, se você sentir alguma dor indevida, deve parar imediatamente. Você pode estar forçando demais ou piorando uma lesão antiga. Dê uma pausa e tente de novo mais tarde. Consulte um fisioterapeuta se o problema persistir.

Flexionar e esticar

Trabalha com os estabilizadores do tornozelo, reforça o arco e dedos do pé, estica o tendão de Aquiles.

    1. Sente-se com as suas pernas paralelas esticadas à sua frente. Posicione a Theraband embaixo dos dedos dos seus pés.
    2. Comece com o seu pé flexionado. Retire a folga e deixe a faixa paralela às suas pernas. Mantenha a tensão constante deixando os seus braços em uma posição firme.
    3. Lentamente, estique o seu pé até a posição de ponta. Segure por 3 tempos e volte a posição inicial. Repita.

Flexionar e relaxar

Trabalha os estabilizadores do tornozelo, fortalece os músculos flexores do tornozelo, ajuda a prevenir dores nas canelas.
    1. Comece com o seu pé relaxado. Tire a folga e mantenha a faixa no mesmo plano horizontal do seu pé (se você segurá-la acima do seu pé, vai acabar o entortando para dentro). Mantenha a tensão constante deixando os seus braços em uma posição firme.
    2. Lentamente flexione o tornozelo. Segure por 3 tempos e volte a posição inicial. Repita.

Contração dos dedos

Trabalha o arco e flexores do pé, ajuda a evitar a fascite plantar. Pode ser feito sentado ou em pé.

  1. Coloque a Theraband esticada embaixo e ao longo do seu pé. Comece com o pé relaxado. Depois alongue os seus dedos mantendo o resto do seu pé sobre a faixa.
  2. Contraia os seus dedos tentando segurar uma parte da faixa embaixo do seu pé. Segure por 3 tempos e volte à posição inicial. Tente pegar um pedaço maior da faixa a cada repetição.

Siga as orientações acima e espere de 6 a 8 semanas para começar a sentir a diferença. Mantenha o que você conseguiu, fazendo os exercícios pelo menos 3 vezes por semana.

Esse vídeo também mostra alguns exercícíos:


sábado, 31 de outubro de 2009

Bailarinos e preconceitos

Como nunca dediquei nenhum post especificamente aos meninos, resolvi falar sobre o tema mais clássico que os envolve: o preconceito. Todos tem conhecimento do preconceito que envolve homens e ballet. Qualquer homem que opte por seguir esse caminho provavelmente vai ser tachado de homossexual em algum momento. Por que? Como qualquer tipo de preconceito, a ignorância é a causa. A grande maioria das pessoas que rotula bailarinos estão num grupo que não tem o mínimo conhecimento a respeito de ballet. Não tem a mínima idéia do papel que o bailarino exerce. O ballet é, muitas vezes, visto como delicado e feminino; porém, o homem exerce um papel totalmente diferente do das meninas, o qual exige até mesmo muita força física. Óbvio que existem bailarinos homossexuais (assim como existe em qualquer profissão), mas existem heterossexuais que devem ser respeitados, afinal, não existe nenhuma relação direta entre uma coisa e outra. Se a dança, hoje em dia, ainda tem um número de homens muito reduzido em relação ao número de mulheres, o preconceito (que muitas vezes vem até da própria família) certamente é a causa principal. Por que? Até quando?

sexta-feira, 23 de outubro de 2009

Dicas gerais

A página que estou postando hoje é parte de uma monografia que encontrei que aborda a relação entre ballet e fisioterapia. Achei que valia a pena postar por ter várias informações gerais que possivelmente devem ajudar a iniciantes, como posições de braços, pernas, mãos, cabeça, descrição de passos básicos etc., além de coisas mais técnicas como a mecânica do ballet. Clique aqui para ver.

sábado, 10 de outubro de 2009

Tendinite

Idéias para posts podem vir nas mais diferentes ocasiões. A minha para este veio ao ouvir o médico dizer que eu estou com tendinite no pé. Em tempo de ensaios e mais ensaios, espetáculo e festival chegando, nada mais inconveniente. Mas, pelo menos, a idéia para o post:

Tendinite é a inflamação que acontece nos tendões. Essa inflamação pode ter duas causas. A primeira são esforços prolongados e repetitivos, além de sobrecarga. Essa primeira causa é bem freqüente nas tendinites do ballet... A segunda causa é a desidratação: quando os músculos e tendões não estão suficientemente drenados devido à uma alimentação incorreta e toxinas no organismo, pode ocorrer uma tendinite. A tendinite se manifesta inicialmente com dores e muitas vezes com a incapacidade da pessoa em realizar certos movimentos. A pessoa pode sentir dores ao subir ou descer escadas, caminhar, dobrar os joelhos, entre outras posturas ou movimentos. Inicialmente, a tendinite pode ser confundida com artrite reumatóide. Portanto, há a necessidade de um bom médico para diagnosticar corretamente o problema. Dependendo da natureza e do grau de severidade da lesão, as formas de tratamento vão desde a indicação de anti-inflamatórios até a imobilização do membro afetado (por exemplo, tala ou engessamento). Em primeiro lugar, porém, é preciso repouso. Após um certo período, a pessoa é aconselhada a fazer fisioterapia, para acelerar o processo de cura. Uma das técnicas indicadas para a tendinite é a crioterapia, aplicação de bandagens a temperaturas muito baixas ou bolsas de gelo. Massagens também são indicadas como auxiliares no tratamento. A aplicação local de corticóides é apenas indicada dos casos mais graves.No caso de tendinite de origem química, os médicos indicam uma dieta alimentar especial, para prevenir a desidratação que pode resultar na pouca ou nenhuma lubrificação dos tendões e conseqüente no agravamento da doença. Essa dieta exige a retirada de alimentos ácidos e graxos, incluindo-se a manteiga e o chocolate e as frutas ácidas. Se a tendinite não for tratada em tempo ou da maneira adequada, ou mesmo se a fisioterapia não for feitadurante o período necessário, pode haver seqüelas. A pessoa não tratada pode sofrer uma ruptura do tendão após umperíodo de inflamação mal cuidado. Pode continuar com as dores e se tornar incapaz para o trabalho. Por isso, é importante seguir todos os passos indicados pelo médico para um pronto restabelecimento. Para prevenir a tendinite, não se deve expor-se a grandes períodos ininterruptos de exercício. Uma parada, uma pausa por alguns minutos pode significar um ganho em termos de continuidade em médio e longo prazo. Outra coisa para prevenir a tendinite é ter uma alimentação balanceada, evitando a tendinite química. Por último, vale lembrar que os casos mal curados podem acabar necessitando de cirurgia. Vale a pena, portanto, se preocupar com a prevenção, onde os gastos e o desgaste emocional são muito menores.

quarta-feira, 30 de setembro de 2009

Ser ou não ser bailarina, eis a questão

Esse post foge um pouco do padrão de textos desse blog. Não é uma dica, nem uma curiosidade, nem nada do gênero. É um desabafo meu como bailarina, e acredito que algumas de vocês irão se identificar (e outras, provavelmente, irão discordar).

Nos últimos dias (ou semanas ou meses) comecei a notar que eu simplesmente... cansei de ballet. Mas... e aí? Não que eu eu não ame, eu amo, mas eu cansei. Não vejo mais tanta graça em fazer coque, nem tanta beleza em meia calça, nem poesia na dor. Não acho mais as dificuldades estimulantes, e se tem uma coisa faltando é estímulo. O problema é largar tudo, é nunca mais calçar uma sapatilha de ponta e amarrar a fita de cetim, nunca mais vestir uma meia calça e se sentir meio boneca, nunca mais andar na rua de coque e ser olhada meio torto, nunca mais adorar encontrar coisas de ballet pra vender, nunca mais ir experimentar a roupa, nunca mais vestir um tutu maravilhoso e se sentir princesa, nunca mais dizer "Eu sou bailarina". Como largar aquilo pelo que eu mais sou conhecida? Não ser mais a bailarina da turma, nem a bailarina da família, nem a bailarina de si mesma. E o que fazer com o meu quarto lotado de coisas de ballet? O problema de largar o ballet não é largar o ballet. É largar o ser bailarina. Porque, infelizmente, não dá pra ser bailarina sem estar todos os dias se matando nas aulas, se acabando em ensaios intermináveis, estragando o cabelo em coques, passando por mil crises e estando sempre com dor. Infelizmente não dá pra simplesmente calçar a sapatilha de ponta, usar um tutu bandeja quando tiver vontade, e dizer que é bailarina quando bem entender. Infelizmente eu não nasci pra ballet. Mas tenho certeza que nasci pra querer ser bailarina. E disso, não sei se felizmente ou infelizmente, eu não consigo cansar.

quinta-feira, 27 de agosto de 2009

1, 2, 3, 4, dobro a perna e dou um salto!

Saltos... Um dos passos mais bonitos do ballet. Durante os saltos, a platéia tem a impressão de ver a bailarina criar asas e deslizar no ar sobre o palco. Porém, quando se é a bailarina em questão, a coisa não é tão mágica assim. Há várias coisas a serem observadas durante os saltos para que eles sejam executados com perfeição. Grand Jeté, Jeté Passe, Grand Pas de Chat, Saut D'ange... Qual a diferença entre eles?

Passo-a-passo para melhorar os saltos nas aulas e apresentações:

Passo 1: Se aquecer com cuidado é um fator chave para melhorar a altura e qualidade de seus saltos. Quando você está na aula de ballet, já concluiu os exercícios de barra e outras sequências que aquecem o corpo para as grandes sequências de salto, que normalmente são feitos no final da aula por requerirem muita energia e resistência. Estando na aula ou treinando por conta própria, certifique-se de que seus músculos estão aquecidos e alongados antes de praticar saltos, a fim de reduzir o risco de lesões.

Passo 2: Usar o plié é importante para conseguir altura em seus saltos. Seja dando alguns passos ou realizando outro movimento antes do salto, faça um plié profundo antes de começar a saltar. Dependendo do tipo de salto a ser executado, você terá de descobrir a melhor forma de utilizar o plié coordenado com os passos que você faz antes de executar o salto.

Passo 3: Alongue seus pés e estique seus joelhos ao máximo. Suas pernas, que trabalham ativamente durante o salto, possibilitam melhorar a altura e tornar o salto visualmente melhor.

Passo 4: Utilize o plié mais uma vez quando preparar para a aterrisagem. Bailarinos que descem de um salto com joelhos travados correm o risco de se lesionar. Acabe o salto no plié mais profundo que você puder e a combinação permitir.

Passo 5: Seus braços também são importantes para melhorar seus saltos. Eles devem estar firmes e alongados. Durante um salto, deixe todos os seus membros alongados o máximo possível. Fazendo isso, você vai aumentar a altura dos seus saltos e a distância que você consegue saltar.


Diferenças entre os saltos

Grand jeté
É comumente utilizado se locomovendo para frente, e geralmente consiste numa abertura total das pernas no ar. A perna da frente arrasta esticada, ao invés de se realizar um developpé. A perna de trás segue fazendo a abertura no ar. Pode ser executado en avant (para frente), à la second (ao lado), en arrière (para trás), e en tournant (girando en dedans). O bailarino deve pensar em abrir ao máximo e com força as pernas, com o peso jogado para frente, dando a aparência de estar deslizando.

Jeté passe, Grand Pas de Chat ou Saut D'ange
Todos consistem no mesmo passo. São um salto similar ao grand jeté, porém, ao invés de levar a perna da frente já esticada, ela se abre à frente com um developpé. A perna de trás pode estar esticada ou em attitude.







"Pense uma coisa bem boa... e num instante você voa!"

domingo, 12 de julho de 2009

Perfeccionismo

Muitas vezes o perfeccionismo, algo comum na vida de bailarinos, torna-se extremo e acaba sendo prejudicial. É importante que uma bailarina seja perfeccionista, já que muito do que fazemos se baseia em se aperfeiçoar cada vez mais. Mas quando isso se torna neurótico, pode causar problemas psicológicos e até mesmo fazer com que você perca seu amor pela dança. O perfeccionismo exagerado caracteriza-se pela constante necessidade de aprovação, pelo foco nos erros ao invés das conquistas. Enquanto o perfeccionista saudável sabe que existem altos e baixos e busca nos erros um jeito de melhorar, o neurótico acredita que só existe sucesso ou fracasso, e possui padrões tão altos que é quase impossível que atinja sua visão de sucesso. Ele tende a dar importância demais ao produto final, sem enxergar o valor do esforço e do processo de realização. Caso você se identifique com isso, aqui vão algumas dicas:

- Imagine que você é o seu melhor amigo. Se o seu melhor amigo fosse falar com você sobre o quanto ele se sente mal sobre si mesmo, você não ia lhe dizer que ele é um completo perdedor! Você iria lhe mostrar seus pontos fortes e enxergar com a razão os motivos que levaram ele a se sentir desse modo.

- Quando você perceber que está tendo um pensamento negativo, interrompa-o o mais rápido possível. Depois, repense a situação buscando no erro uma oportunidade de aprendizado.

- Pense sobre o que você tem dito a si mesmo. Você fica o tempo todo pensando como não tem potencial ou fica orgulhoso de fazer bem um passo? Sempre existem coisas boas e ruins a serem observadas, e enxergar apenas as ruins não te leva a lugar nenhum além de se sentir mal consigo mesmo.

Ninguém gosta de conviver com pessoas que só sabem se criticar e têm uma visão negativa de tudo. Aceite as suas imperfeições e trabalhe duro no que você pode melhorar. E lembre-se: você é aquilo que você pensa!

domingo, 7 de junho de 2009

"(...)
Quando ela dança, às vezes o passado se une ao futuro,
E tudo que importa é o momento presente, que parece abranger todos os tempos.
Cada passo torna-se uma rede, na qual captura sua vida,
E a ilumina para que os outros possam ver,
Depois a deixa ir, como um sonho.
É verdade que, geralmente, quando ela dança,
Ela mostra cada parte de sua história
Mas outras vezes, quando ela dança,
Sua história desaparece.
Ela é qualquer pessoa que queira ser quando dança.
(...)"

terça-feira, 26 de maio de 2009

Fouettés italianos

Primeiramente, me desculpem pelo loooongo tempo sem postar! Pra compensar, hoje eu vou postar um texto GIGANTE, que tive muito trabalho para traduzir e adaptar de um site em inglês, mas achei que valia a pena por ser muito interessante. Tenham um pouquinho de paciência pra ler e desfrutem!

Dominar fouettés italianos consecutivos pode parecer um desafio monumental, mas toda bailarina que almeja o papel principal em clássicos como Paquita sabe que deve vencer esta difícil etapa. Seguem alguns conselhos sobre como realizar fouettés italianos com confiança.
Fouettés italianos começam com um relevé développé écarté devant, seguido por uma passagem através da primeira posição virando para a diagonal de trás e um fouetté para trás parando em atitude croisé.
Não se assuste com o passo só por parecer complicado, é basicamente uma questão de juntar os passos que você já conhece.
Para praticar os fundamentos, você pode treinar uma parte da sequência na barra. Inicie em plié sobre o pé esquerdo com o pé direito estendido devant, mão esquerda sobre a barra, e depois gire 180 graus passando a perna para attitude, recuperando a barra com a mão direita. Uma vez que você se sinta confortável executando o passo sem depender muito da barra, avance para o centro.
É recomendado, também, praticar releves consecutivos no centro, em um pé, para construir a força necessária para vários fouettés. Experimente diferentes posições, de coupé para arabesque, sempre mantendo o apoio no seu eixo. Também pode ser útil começar trabalhando o passo em meia ponta antes de tentar na ponta
Os relevés em écarté e em attitude atrás podem ser a formulação de partes de um fouetté italiano, mas é preciso prestar atenção à ligação entre os passos.

No que é necessário prestar atenção durante a execução do passo:
-A passagem pela primeira posição após o developpé, com ambas as pernas, em demi-plié e quadril alinhado.
-Não deixar cair as costas durante as transições, tornando mais difícil voltar para a ponta no próximo relevé. Manter a energia do corpo levantado, mesmo em plié.
-Completar cada rotação antes de avançar para a próxima. É necessário dar a volta inteira, até o término em um belo attitude croisé. Não fazer isso torna mais difícil iniciar o próximo relevé, além de criar uma imagem esteticamente ruim para a platéia.
-Focar na perna de base, não apenas na perna que está sendo trabalhada. Quando você faz o fouetté attitude, você também deve girar o interior da coxa na perna de base para sustentar a posição. Certifique-se de sua coxa de base está en dehors e se o seu calcanhar está girando durante cada relevé.
-Manter o movimento suave. O port de bras deve estar coordenardo com as pernas, tronco e pés, de forma que os braços complementem e auxiliem o passo. Além disso, certifique-se de girar os ombros com cada fouetté. Há uma tendência, de quando o passo vira à esquerda, por exemplo, o ombro direito ficar para trás.

Como acontece com qualquer passo difícil, realizar fouettés italianos é, em parte, cerca de acreditar em si mesmo e transpassar barreiras psicológicas. Perca o medo. Domine-os e aprecie-os. Trabalhe praticando insistentemente para ambos os lados, não apenas para o lado da sua melhor perna.
Além disso, não desanime se você não pode executar 32 seguidos imediatamente! Comece com apenas algumas repetições até que você possa criar força para fazer mais. Este é um passo avançado que exige consciência, força e coordenação. A dança é cheia de desafios, e isto é algo interessante. Ataque-os com esperteza, entusiasmo e determinação.
(tradução e adaptação do site http://www.dancespirit.com/articles/830)

quinta-feira, 30 de abril de 2009

Cidade das(os) bailarinas(os)

Geeente, eu achei uma coisinha bailarinística tão interessante! É uma comunidade de uma coisa que eu seeempre imaginei. Tá, tem 20 e poucos membros, mas é super interessante. Uma cidade para bailarinas(os)! Imagina só: Todo mundo de tutu e casaca, atravessando a rua fazendo grand jeté, fazendo pas de bourreé em vez de andar, dizendo obrigada fazendo reverência, lojas e mais lojas com coisas de ballet, sapatarias só de sapatillhas, AAAAAH! Seria bom demais! Pelo menos pra mim, e para os meus companheiros de vício desesperado e amor incondicional por ballet. E acho que não são tão poucos assim... Bem podiam criar uma cidade dessa mesmo! Mas, enquanto não criam, entremos na comunidade e sonhemos juntos!

segunda-feira, 27 de abril de 2009

Disciplina

A disciplina é algo marcante no ballet clássico. Mais do que uma característica, ela se torna uma exigência aos praticantes dessa arte. No dicionário, encontramos para disciplina as seguintes definições:
1. Conjunto de leis ou ordens que regem certas colectividades.
2. Boa ordem e respeito.
3. Submissão, obediência.
4. Instrução e educação.
5. Obediência à autoridade.
O ballet clássico, como o próprio nome já diz, tem um estilo clássico, impecável. Por se tratar de uma arte complexa e que exige muita dedicação, não há como ser de outro jeito. Uma bailarina clássica precisa ter uma consciência de respeito e educação além do que é considerado "normal" atualmente fora de uma sala de aula. Em primeiro lugar, é muito importante respeitar rigorosamente os horários e a uniformização. Após o começo da aula, deve-se falar apenas o indispensável e manter a atenção sempre voltada à aula, ao próprio corpo, aos passos e à qualquer outra coisa dita pelo professor. É preciso, também, saber aceitar as críticas feitas pelo professor e utilizá-las ao máximo para crescimento próprio. Ballet clássico é algo rígido, e, ao optar por praticá-lo seriamente, é preciso ter consciência disso e simplesmente aceitar.
Essas características de maior formalidade e sofisticação exigidas das bailarinas provêm desde a origem do ballet, onde ele era utilizado como forma de entretenimento da corte, e, apesar de antigas, permaneceram intactas por serem parte da beleza do estilo. Vários outros tipos de dança surgiram a partir do ballet clássico, nos quais não é exigida tanta rigidez, mas sempre vai existir um palco e uma grande audiência aos amantes dessa arte tradicional e imortal.

quarta-feira, 22 de abril de 2009

Ar, doce ar - Respiração

A respiração correta favorece a saúde de todos, mas dentro das artes corporais, como a dança, ela é decisiva para a qualidade expressiva e artística. A respiração incorreta possibilita um número menor de movimentos além de provocar uma ruptura na seqüência de harmonia da dança. A respiração adequada facilita, principalmente, a fluência do movimento, isto é, a precisão e continuidade do mesmo. A inalação deve ser associada a movimentos de expansão e liberação do corpo. A exalação deve ser associada a movimentos de contração. A prática dessa técnica permite a integração corporal, pois os exercícios trabalham o corpo como um todo indissociável, sem fragmentar movimentos de braços e pernas em que o centro fica esquecido. Além da melhora na expressividade, o método também ajuda a prevenir lesões, compensando relativamente os movimentos repetitivos. A respiração consciente é essencial no processo de compreensão do movimento, no trabalho simultâneo e harmônico de corpo e mente. O ideal é deixá-la fluir sem suspende-la ou bloqueá-la para que se tenha não somente uma substancial melhora na qualidade da dança e dos demais exercícios físicos, como também na qualidade de vida.
Adaptação do site http://www.comciencia.br/comciencia/handler.php?section=3&noticia=299
Créditos ao blog
Vivendo e Dançando pela idéia de falar sobre a respiração na dança

quinta-feira, 16 de abril de 2009

Pés!

Olá povãaao! Depois de algum (muito) tempo sem postar nada decente, me animei com um comentariozinho dizendo que meu blog é lindo e que eu devia voltar a postar! Então, mesmo sem inspiração, vou tentar alguma coisa ok? Falemos sobre pés!


Logo que você entra no ballet, você nem liga pro seu pé. A única relação que você conhece entre ballet e pés é que o seu pé vai ficar bem feio depois de um tempo. Mas aí o tempo passa, as coisas surgem, e você descobre umas definições de pé que não-bailarinos nem têm idéia que existem. Aí, dependendo da sua sorte, você já nasceu com um pé maravilhoso Alessandra Ferri ou vai precisar trabalhar um pouquinho até conseguir ter um pé satisfatório. Mas agora, o que seria um pé satisfatório?

Na opinião de algumas pessoas, é apenas você ter um colo enorme e absurdo. Se for o seu caso, compre um colo de pé falso e seja feliz! Mas, na minha opinião, é muito mais lógico você trabalhar o seu pé, para, além de desenvolver seu colo, deixá-lo mais forte e flexível. Então segue um exercício para seus lindos (lindos?) pés, que vai além do simples "flex, ponta", retirado do site http://www.baledacidade.com.br/:

1) Com a panturrilha apoiada sobre a coxa contralateral, deixando o pé livre, segure o calcanhar entre os dedos indicador e polegar, de forma a mantê-lo fixo e imóvel. Inicie a seguir a flexão plantar pelos dedos, das pontas até a base, continuando pelo médio pé, até o limite que consiga sem mover o calcanhar. Repita várias vezes e observe.





2) Repita o movimento anterior, iniciando a flexão pela base dos dedos (metatarso–falangeana) e evoluindo ao médio pé. Após os exercícios, alongue os flexores e panturrilha por alguns segundos.






Este exercício propicia uma flexão funcional, mais estética, proporcionando estabilidade do médio pé, dando proteção principalmente durante os saltos.


No site Le monde du ballet, você também encontra alguns exercícios mais clássicos que auxiliam no fortalecimento dos pés!


Beijão, e continuo aceitando sugestões de posts!

terça-feira, 7 de abril de 2009

Videozinho bailarinístico

Gente, como eu estou totalmente sem idéia do que postar (se alguém tiver alguma sugestão, inclusive, será muito bem-vinda), vou postar só um videozinho do Anaheim Ballet de uma menininha muuuuito fofa. Ela tem 10 anos, é muito boa e, ainda por cima, linda. E, se eu entendi direito, ela começou na ponta há TRÊS MESES. É, quem pode, pode (acho que com três meses de ponta eu não fazia nem pas de bourreé).


Beijinhos bailarinísticos pra vocês e, em breve, um post melhor!

sábado, 28 de março de 2009

A arte justifica a dor? - Lesões na dança

Hoje, pesquisando a possível causa da minha dor na coxa, fui parar não sei como num site que falava sobre estalo do quadril. E, por acaso, há um tempão que eu já tinha notado que meu quadril estalava na hora do plié (ou a qualquer momento), mas nem liguei, sempre fui meio cheia de coisas esquisitas mesmo! Mas dizia no site que é comum bailarinas terem isso, e comecei a pesquisar mais. Fui parar, então, num site que falava sobre várias lesões comuns na dança (e principalmente no Ballet Clássico), e achei bem interessante, apesar de não ter gostado muito de descobrir que tenho a maioria delas! Mas, sinceramente, eu nem ligo. Como diz a introdução do texto, na opinião do bailarino "a arte justifica a dor e, no palco, o “show sempre deve continuar”". E, apesar de saber que não é muito bom, é exatamente como eu penso. Mas acho que é interessante conhecer, nem que seja pra saber que aquela sua dorzinha nas costas é, nada mais, nada menos, que uma Espondilolistese degenerativa. Veja aqui o artigo e descubra quantas coisas de nomes estranhos você tem e nem sabia!

quarta-feira, 25 de março de 2009

Brincadeira de criança, como é bom! - Dolls

Olá adoradores da dança! Hoje eu vou postar uma coisa que é meio bobinha, mas achei interessante (e, afinal, é uma coisinha e é bailarinística, então tá válido!). Outro dia, num momento de tédio (juro que foi só pelo tédio), fui persuadida pela minha amiga a ir montar dolls. Não fiquei muito animada com a idéia, mas quando entrei no site percebi que... TEM DOLLS DE BALLET! E não é uma coisa mal-feita com a fita da sapatilha amarrada até o joelho e posições inventadas nãaao, é super bonitinho! O pé da bailarina tá en dehors e tudo! Tudo bem que dolls não são a coisa mais divertida do mundo, mas quem vai negar que já passou horas na frente do pc brincando disso um dia? E gente, é ballet! E tudo que tem a ver com ballet é lindo! Então deixe a vergonha de lado e clique aqui para brincar (afinal, ninguém vai ficar sabendo mesmo)!

segunda-feira, 23 de março de 2009

Bailarinas X Hamburguer - Posição das mãos

Boa tarde queridos leitores! Eu já estava há um tempo planejando fazer um post sobre a posição das mãos no ballet, mas não estava conseguindo fontes para retirar informações. Rodei a internet inteira procurando algum artigo que falasse sobre isso, e não encontrei nenhum! Escreverei, então, a partir do meu próprio conhecimento. As mãos, embora muitas vezes esquecidas ou não recebendo a devida importância, são uma parte importantíssima da dança. Elas são uma parte muito expressiva do corpo, e, quando não posicionadas corretamente, cortam a graciosidade do movimento.
O primeiro ponto a ser observado é o pulso. As mãos precisam seguir a linha dos braços e, portanto, o pulso não pode ficar "caído". Por outro lado, não se deve tensioná-los, é preciso sustentá-los, mas sem força.
O segundo ponto a ser observado é a posição dos dedos, que segue um padrão no ballet clássico. O dedão precisa ficar escondido, próximo à parte interna da mão. Nada mais feio do que alguém dançando com o dedão à mostra, como se estivesse segurando um hamburguer! O dedo médio e o anelar ficam juntos, um pouco mais para dentro do que o mínimo e o indicador. O indicador é levemente projetado para fora. Todos os dedos devem ficar relaxados, porém alongados. Espero que tenham entendido! Qualquer dúvida deixem um comentário, e até a próxima!

domingo, 22 de março de 2009

Nunca é tarde para ser feliz

Uma das perguntas que eu mais ouço e vejo em comunidades ou coisas relacionadas a ballet é "Estou muito velha para começar?". Bem, aqui começa a minha opinião. Eu comecei a fazer ballet com 13 anos. Eu acho que não seria tarde pra começar a fazer qualquer outra coisa, mas pra ballet é. Algumas -e não são poucas- bailarinas já são maravilhosas com 13 anos! Já fazem todas as coisas que, por enquanto, eu apenas sonho em fazer. Mas eu acho que começar tarde tem um lado positivo enorme. As bailarinas mais apaixonadas que eu conheço começaram tarde. Ainda que tudo pareça impossível demais, a gente segue em frente por amor. E o amor, que é a verdadeira essência de qualquer tipo de arte, não tem limite de idade. Junto a cada barreira que surge, surge também a satisfação de lutar e superar. É uma coisa que prende. Se fosse fácil não teria graça. Eu acho que, se eu tivesse começado cedo no ballet, já teria largado há muito tempo, como eu larguei a grande maioria das coisas que eu já fiz na vida. Mas é por ser tão difícil, tão ingrato, é que se torna desafiador. E desafios mantem os seus pés no chão, ao mesmo tempo que te permitem voar cada vez mais alto.

"O maior prazer da vida é fazer o impossível"

sexta-feira, 20 de março de 2009

Wallpapers Do Dance

Boa tarde bailarinas(os)! Agora que já postei todas as dicas importantes que consegui encontrar (conforme eu encontrar mais, volto a postá-las), vou começar a postar coisinhas fofas e afins. Hoje, estou pondo aqui uma lista de papéis de parede muuuito lindos e fofos da Do Dance. Que bailarina não quer ligar o computador e se deparar com a perfeição desses personagens maaaaravilhosos? Escolha uma imagem abaixo, clique com o botão direito do mouse, escolha "Definir Como Plano de Fundo" e seja feliz!
 

quinta-feira, 19 de março de 2009

Piruetas - Ai meu deus!

Piruetas são uma parte muito importante do ballet. São também consideradas, por muitos, um passo de extrema dificuldade, já que vários pontos precisam ser obervados na execução da mesma. A Pirouette, como se diz no francês, pode ser executada de muitas maneiras: en dehors, en dedans, a la seconde, en attitude, en arabesque... Mas para todo giro a técnica é praticamente a mesma.
Focalizaremos a pirueta en dehors partindo de quinta posição.

Primeiro de tudo, não só para as piruetas, mas para tudo do ballet: o encaixe do quadril. Se o bailarino não estiver bem encaixado, isso irá refletir diretamente no eixo. É o que geralmente acontece quando alguém despenca de um giro.

Segundo: Capriche no demi plié. Costuma-se dizer que a quantidade de piruetas é diretamente proporcional ao tamanho do plié.

Terceiro: Impulso. Ele refletirá na tirada rápida do passé. Se a tirada for lenta, o impulso será mínimo e será até mais difícil de abrir o en dehors.

Quarto: En dehors. Quando girar, abra o máximo que puder o joelho, como se houvesse alguma força puxando-o para trás. Essa força para trás é resultará também na qualidade e quantidade do giro. Cuidado para não relaxar o pé do passé!

Quinto: Cabeça. Marque um ponto certo para girar a cabeça. Se você acompanhar o corpo com a cabeça, com certeza ficará bem mais tonta que o normal e fará um giro na sorte. Se sentindo no eixo, e com cabeça: pronto! O básico para a pirueta perfeita já está pronto.

Sexto: Os braços. Esses dois membros que possuímos são muito importantes, mas devem ser usados com cautela, pois um grande vício pode vir a se formar daí. É certo que o braço ajuda no impulso, mas o braço completo: braço , antebraço , mão. Não se pode separar a mão do resto para pegar velocidade. Isso é um vício muito comum, e que tem que ser eliminado o mais cedo possível.

Encaixe, plié, impulso, en dehors, cabeça e braços!
Pense sempre nessa frase na fração de segundos da sua prepação de piruetas para o giro propriamente dito.

terça-feira, 17 de março de 2009

Ballet de repertório - O que é?

Ballet de repertório é o tipo de ballet que contém uma história dentro dele, que precisa contar com um número razoável de bailarinos e coreografias para ser executado. Tem um conjunto de passos que deve ser seguido minuciosamente (apesar de, às vezes, o coreógrafo fazer adaptações, que devem sempre ser citadas). Os ballets de repertório contam uma história usando a dança, a música e a mímica. Foram montados e encenados durante o século XIX, e até hoje são remontados com as mesmas músicas e suas coreografias de origem, baseados no estilo da escola que vai apresentá-lo. Seguem tradicionalmente sua criação.
Essa é uma lista dos mais famosos Ballets de repertório, com o link para os artigos da Wikipédia que falam sobre cada um:

O Quebra Nozes
Coppélia
O Lago dos Cisnes
Don Quixote
La Fille Mal Gardée
Giselle
A Bela Adormecida
La Sylphide
La Bayadère
Paquita

Flexibilidade - Tornando-se um pedaço de borracha

A flexibilidade é um aspecto muito importante na vida do bailarino, não só pelas bonitas possibilidades de movimento, mas principalmente porque auxilia na prevenção de injúrias. Quanto mais flexível for o bailarino, mais facilidade terá na execução dos passos e menos propenso estará a sofrer algum dano, principalmente em grandes saltos, que além de grande amplitude exigem que os movimentos sejam feitos de forma brusca. A flexibilidade é conseguida pouco a pouco, atráves de alongamentos que, quanto mais frequentemente sejam feitos, mais rapidamente é conseguido o resultado. (fonte: balletmonde.blogsome.com)
Segue um vídeo com alguns exercícios para aumento da flexibilidade de pernas e coluna, que são as mais necessárias e desejadas no mundo do ballet (sim, eu AMO os vídeos do Anaheim Ballet!).

Há também este vídeo, com diversos exercícios que auxiliam muito no trabalho para conseguir abertura.


Caso você esteja interessado em mais informações sobre alongamento e flexibilidade, visite este site.

Maquiagem de palco

A distância entre a platéia e o palco geralmente prejudica a visão de nossas expressões faciais. Numa apresentação de dança, a expressão é importantíssima, como forma de transmitir qualquer sentimento ao expectador. A maquiagem de palco existe para isso e também para outros casos, quando pode chegar até a fazer parte do figurino.

1. Espalhe pancake ou base (do tom da sua pele) por todo o rosto. Cuidado para o pescoço e o colo não ficarem com a cor diferente.

2. Contorne os olhos pelo lado de fora da pálpebra com um lápis ou delineador preto. O traço de cima nunca se encontra com o de baixo, e nos cantos de fora dos olhos alongue os dois traços paralelamente.

3.Passe a sombra colorida logo acima da pálpebra, passando o pincel de dentro para fora (no sentido do nariz para as orelhas). O colorido da sombra não deve ficar apenas acima dos olhos, mas deve alongar-se um pouquinho para os cantos de fora. (Ver desenho)

4. Entre as sombrancelhas e a sombra colorida, passe uma camada de sombra branca, espalhando no mesmo sentido.

5. Todas as formas de se alongar os cílios são válidas (curvex, cílios postiços, etc.) O rímel é obrigatório!

6. O blush deve ser passado na diagonal boca-alto da orelha. Para isso, faça bico com a boca como quem vai dar um beijo, e onde a bochecha ficar funda passe o blush. Sempre de dentro para fora.

7. Se a sua sobrancelha for muito rala ou curta, aumente-a com um lápis preto ou marrom. Lembre-se que a sombrancelha no palco deve ser realmente longa, estendendo-se além dos olhos. Nunca alongue a sombrancelha para baixo, pois você fica com cara de choro!

8. O batom também é imprescindível. Tons escuros como marrom, vinho ou roxo podem deixar a boca preta no palco, quando a luz azul é refletida.

9. Um traço de lápis branco na parte de dentro da pálpebra inferior valoriza e abre o olhar.

Quando você fizer a sua maquiagem, é provável que você ache que está exagerada demais. Mas não se deixe enganar, se você fizer uma maquiagem baseada na visão que você tem olhando de perto, a platéia mal vai perceber que você está maquiada. De longe, o que de perto te deixa parecendo uma palhaça vai apenas realçar os seus traços e as suas expressões (mas tenha bom senso, por favor!).

Pondo seu cabelo dentro de um coque

Uma bailarina deve estar sempre com o cabelo preso, portanto o coque é um item muito importante antes de iniciar a aula ou uma apresentação. Há várias maneiras de se fazer um coque, dependendo do tipo de cabelo, mas o importante é que esteja bem preso para que não atrapalhe a execução de nenhum passo. A bailarina deve estar concentrada na dança, nos exercícios, no seu corpo, e não preocupada em arrumar o cabelo ou tirar a franja do olho.

Essa é a maneira mais comum de se fazer um coque:
Faça um rabo de cavalo bem puxado. Ele pode ser: baixo (três dedos acima da nuca); médio (na reta da orelha); alto (três dedos acima da reta da orelha). Se você tem cabelo muito cheio, divida o rabo em dois. Torça as duas partes do cabelo ou o cabelo todo, e vá enrolando o cabelo torcido em volta da gominha do rabo de cavalo. Depois de enrolar a primeira parte de cabelo torcido, prenda-a com grampos e enrole a segunda por fora da primeira, de modo que o coque fique "espalhado" na cabeça. Coloque a redinha. Prenda a franja com um tic-tac (prendedor de cabelo). Em dias de apresentações, faça o rabo de cavalo com gel, para que o cabelo não solte "pedacinhos" ou arrepie os fios. Para que o coque fique mais firme, caso seu cabelo seja comprido, você pode fazer tranças ao invés de enrolar as partes do cabelo.

Porém, é bem possível que isso não se adapte ao seu tipo de cabelo, que você não consiga fazer em si mesma ou que não fique satisfeita com o resultado (afinal, bailarinas são seres naturalmente muito exigentes). Segue, então, um vídeo com 3 passo-a-passos de coques para diferentes tipos de cabelo (É em inglês, mas é possivel entender apenas observando). Identifique-se com algum e mãos à obra!

segunda-feira, 16 de março de 2009

Primeiro ponto - Posições de pernas e braços

- Na 1ª posição os pés devem estar en dehors (abertos), calcanhares se encontrando. Os braços ficam abaixo da altura do estômago à frente, arredondados.

- Na 2ª posição os pés devem ficar mais distanciados e en dehors, calcanhares afastados um do outro. Os braços agora continuam arredondados, só que abertos para os lados. Eles não devem ultrapassar dos ombros. Cuidado! A mão segue a linha do braço. Não deixe a mão caída. Fica muito feio.

- A 3ª posição é menos utilizada que as outras, e menos conhecida também. Consiste em pés en dehors, calcanhar da perna de base "colado" atrás do calcanhar da perna à frente. O braço da perna de trás deve estar arredondado e baixo ou à frente do tronco, enquanto o braço da perna da frente fica aberto como o braço da segunda posição.

- A 4ª posição se assemelha à quinta, mas os pés encontram-se afastados, um mais à frente do outro. A ponta do pé da perna de base faz linha com o calcanhar da perna à frente e vice-versa. O braço da perna de trás deve ficar levantado e arredondado, ligeiramente mais à frente que a cabeça, enquanto o braço da perna da frente fica aberto para o lado da perna, arredondado.

- Na 5ª posição, a ponta do pé de base fica exatamente atrás do calcanhar do pé da frente, com as coxas bem juntas uma a outra. Os dois braços devem erguer-se de forma arredondada igualada, mantendo-se sempre ligeiramente à frente da cabeça e as mãos a uma distância mais ou menos de 3 a 4 dedos.

Seja bem vindo!

Bem vindas bailarinas (ou bailarinos) do meu coração! Resolvi fazer esse blog porque, desde que ingressei nesse mundo bailarinístico, rodo a internet inteira a fim de conseguir dicas que possam me ajudar a sobreviver nessa (linda) selva. Vou tentar reunir aqui todas as coisas úteis que encontrar (portanto alguns textos não serão meus), além de coisinhas fofas e motivadoras (afinal, coisas motivadoras são sempre bem-vindas, porque a vontade de desistir insiste em estar sempre batendo a nossa porta; mas basta um videozinho bem lindo e tudo se resolve) e qualquer coisa mais que eu tenha vontade de postar. Começarei então, hoje, com um vídeo muito inspirador, que mostra bailarinos dançando pela rua, dizendo que um bailarino não precisa de um palco, apenas de uma alma. Acho que é um bom vídeo para inaugurar o blog, já que você, leitor, tenha acabado de sair da sua primeira aula de ballet ou tenha dançado por toda a sua vida -ou ainda, quem sabe, dance apenas em seus sonhos-, não importa o que te digam, não importa quantos tombos você leve, quantas decepções você tenha; se você tem uma alma bailarina, você não precisa de absolutamente mais nada.